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Modinha? Ser LGBT não é do momento 

Por Brenda Pereira e Luisa Padilha

 

Talvez você já tenha ouvido falar que o número de pessoas homoafetivas e trans têm aumentado nos últimos anos. Ou que ser gay, lésbica, bissexual e até mesmo ser transexual é uma moda “do momento”. Analisando livros, documentos e artigos históricos é possível notar que além de isso ser um mito, é uma história bem mal contada. Já na Grécia, as relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo era difundida e socialmente aceita. Até mesmo Platão, o fiel seguidor de Sócrates, explorou e relatou vários aspectos da homossexualidade.

 

“ (...) para que no enlace, se fosse um homem a encontrar uma mulher, que ao mesmo tempo gerassem e se fosse constituindo a raça, mas se fosse um homem com um homem, que pelo menos houvesse saciedade em seu convívio e pudessem repousar, voltar ao trabalho e ocupar-se do resto da vida.” (Trecho retirado do livro “O Banquete”, de Platão 380 a.C.)

 

Encontram-se também, relatos de pederastia (prática sexual entre um homem e um rapaz mais jovem). Como na imagem abaixo, casais pederastas em um simpósio no afresco de um túmulo na colônia grega de Pesto, na Itália.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Apesar de "homossexualidade" enquanto termo moderno não ter tradução do latim ou grego antigo, diversos autores reconhecem que na Roma Antiga havia homens que mantinham relações exclusivamente com homens (excluindo a possibilidade de as relações provinham somente de bissexuais casados com mulheres).

A pederastia grega já vinha sido combatida através da Lei Escantínia que punia crimes sexuais contra menores do sexo masculino nascidos livres. Mas o objetivo da lei era proteger os  cidadãos contra  o abuso sexual

(stuprum) e não proibir o  comportamento  homossexual. Também em Roma, são inúmeras

obras literárias, poemas e gravuras incluindo diversos tipos de personagens, inclusive imperadores,

como Nero: o primeiro imperador a se casar com um homem (foto).

O professor de história Guilherme Lopes conta que dos 12 césares de Roma, apenas Cláudio era

heterossexual. "E inclusive as pessoas tiravam sarro dele", acrescenta Lopes. 

No livro “The Suppression of Lesbian and Gay History” (A Repressão da História de Gays e Lésbicas)

o autor Rictor Norton faz um dossiê de provas e fontes onde é possível consultare comprovar que

existiam LGBT’s milhares de anos e como foram repreendidos com o tempo, sobretudo por

religiões.

 

Do outro lado do mundo

 

Diferente do Cristianismo, as principais religiões e as tradicionais filosofias chinesas tendiam a ser neutras com relação à homossexualidade. Os homossexuais chineses nunca sofreram grandes perseguições em comparação aos homossexuais da Europa cristã durante a Idade Média. As pesquisas de um dos mais conceituados sociólogos chineses, Pan Guangdan, indicaram que quase todos os imperadores da dinastia Han (206a.C.-220d.C) tinham um ou mais parceiros sexuais homens.. Acredita-se que a homossexualidade era popular nas dinastias Sung (960 a 1279), Ming (1368-1644) e Qing (1644-1912). Também há descrições de lésbicas em alguns livros de história.

Outro aspecto que se destaca na antiga cultura chinesa é a importância que era dada às amizades do mesmo sexo, como no romance clássico onde são retratadas relações sólidas e íntimas.

Imperador Nero que nasceu em 37 d.C.e faleceu em 68 d.C foi o primeiro imperador a se casar com outro homem

Tem purpurina desde a Grécia Antiga e até Nero, o imperador romano, encontrou seu boy magia

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