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Entendendo o LGBT através da psicologia 

Por Ana Paula Dahlke e Alice Kienen Gramkow

Quando um bebê vem ao mundo, a primeira pergunta que surge em nossa cabeça é: “menino ou menina?”. Mas será mesmo que é tão simples assim? À medida que a criança se desenvolve, pode demonstrar características ou preferências diferentes das tradicionais do seu sexo biológico. Duas caixinhas, homem e mulher, seriam suficientes para uma sociedade tão diversa quanto a nossa?

Pode ser difícil para algumas pessoas entenderem como o sexo biológico e a identidade de gênero não têm a mesma definição. O sexo biológico nada mais é do que o órgão sexual com o qual a pessoa nasceu, enquanto o gênero é como você mesmo se identifica: homem ou mulher. Nada disso tem a ver com orientação sexual, pois a forma como você se identifica não interfere em por quem e com quem você se relaciona. Para entender melhor este assunto, conversamos com a psicóloga Caroline Busarello Brüning, que atualmente cursa especialização em Sexualidade Humana na Universidade de São Paulo (USP).

 

“A gente tem uma necessidade humana de classificar as coisas para entender as coisas”, explica a psicóloga. A psicologia ainda não chegou a um acordo na discussão sobre gênero, mas duas perspectivas se destacam: a Essencialista acredita que exista um impulso inato dentro dos corpos que os levem à ação sexual, ou seja, algo natural do indivíduo - que não pode mudar ou ser discutido, já a Construcionista defende que a pessoa reproduz o que absorve através de influências e experiências externas – tendo o conhecimento e contato com o mundo. Dessa forma, feminino e masculino não são biologicamente definidos e, a sexualidade é muito menos rígida.

Homossexual, bissexual, heterossexual, transsexual, assexual, interssexual etc. Entender o significado dessas palavras que podem soar esquisitas, mas que na realidade têm um significado muito simples.

Como a psicóloga mesmo fala, no futuro ideal, a diferença de termos para identificar determinada pessoa será tão banal quanto olharmos para o lado ou para o espelho e vermos e sermos o que quisermos.

“A gente tem uma necessidade humana de classificar as coisas para entender as coisas”, Caroline Busarello Brüning

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